Educação e tecnologia (por Andrea da Rosa)
Em matéria publicada no último domingo (24/03/13), no Jornal Zero Hora, sugeria-se a inclusão de mais uma disciplina ao currículo escolar: a Linguagem de Programação. A reportagem, muito interessante por sinal, retrata uma campanha iniciada nos EUA sobre a necessidade cada vez mais urgente de que crianças e jovens dominem os conhecimentos básicos escolares (ler, escrever, especialmente), mas também tenham conhecimentos sobre as linguagens de programação dos computadores. Afirma-se que, assim, se permitiria prepará-los para o futuro que certamente envolverá programação, jogos e desenvolvimento de aplicativos... isto é, tendências de mercado que ainda estão longe das escolas.
Sabe-se que, nas palavras de Vreen & Vrakking, “a nova geração, que aprendeu a lidar com novas tecnologias, está ingressando em nosso sistema educacional. Essa geração, que chamamos geração Homo zappiens, cresceu usando múltiplos recursos tecnológicos desde a infância: o controle remoto da televisão, o mouse do computador, o minidisc e, mais recentemente, o telefone celular, o iPod e o aparelho de mp3. Esses recursos permitiram às crianças de hoje ter controle sobre o fluxo de informações, mesclar comunidades virtuais e reais, comunicarem-se e colaborarem em rede, de acordo com suas necessidades” (Homo zappiens – Educando na era digital. Trad. Vinicius Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2009, p.12).
Semelhanças com nossos alunos e filhos? Sim, este é o cenário atual. Mas fazer com que a escola seja responsável também por essa nova disciplina requer preparo dos docentes que estejam dispostos a encarar o desafio. Um desafio que se somará a todas as outras tarefas do professor, mas que pode, sim, transformar o dia a dia da sala de aula em encantamento, tornando os alunos protagonistas na criação e experimentação de jogos (talvez com a utilização efetiva dos conteúdos escolares) e não meramente usuários do que já está disponível no mercado e nos sites de jogos que costumam utilizar.
Como tornar isso realidade? A própria matéria do Zero Hora dá algumas indicações de softwares, como o Squeak e o Scratch. A questão é destinarmos tempo para aprender estas tecnologias e pensá-las à luz de projetos com os alunos. Já acolhemos e vencemos tantos desafios, que tal mais um?
Para mais detalhes sobre a reportagem de Zero Hora, visite o link:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/03/campanha-americana-deflagra-debate-sobre-ensino-de-programacao-de-computador-nas-escolas-4083278.html
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/03/campanha-americana-deflagra-debate-sobre-ensino-de-programacao-de-computador-nas-escolas-4083278.html
Um comentário:
Olá Andréia e colegas do Arruda,li a reportagem e achei muito interessante. Abraços Isabel
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